domingo, 23 de maio de 2010

Tive-te tão perto e tive medo de te perder mas iludimo-nos com pouco. Então o que é que é suficiente? Perdi-te, afastaste-te, agora estás longe e não sei como alcançar-te...

sábado, 15 de maio de 2010

"- Parece que o chão caiu debaixo de mim e eu tenho estado a correr desde então mas agora não consigo encontrar o caminho de volta.
- Se calhar não tem a ver com voltar atrás mas sim com estares exactamente onde estás."
Fotografia: Inês Carmo
"Sê tu própria porque a vida é curta demais para seres outra pessoa qualquer."
Deixa tudo para trás. Dá-me a mão. Juntos mais nada importa, costumava não importar. Costumávamos ser felizes, sem precisar de ningúem. Já não pensámos duas vezes e fugimos juntos. Vamos fazê-lo, outra vez! Vamos voar, chegar ao céu e alcançar as nossas estrelinhas. Tenho saudades de sentir o calor do teu corpo no meu. Tenho saudades de quando me davas a mão. Tenho saudades dos olhares que trocávamos e de toda a cumplicidade. Junta-te a mim. Preciso de ti. Preciso da tua amizade. Volta a ser meu e eu serei tua. Preciso das nossas conversas, preciso de ouvir a tua voz. Preciso apenas de te ver para ficar reconfortada. Não me deixes, sabes que não suportaria. Sabes que estou aqui, no mesmo sítio de sempre, se quiseres voltar sabes onde me encontrar. Por nós, pela amizade única que eu quero acreditar que ainda se mantém, e porque te adoro, acima de tudo.

Desisto, não tenho mais forças, estou cansada de lutar!

Fotografia: Inês Carmo

domingo, 9 de maio de 2010

Sinto as lágrimas despidas caírem-me suavemente pelo rosto. Elas não se contém nem se envergonham. Surgem sem pudor. Não se deixam dominar, são algo incontrolável. Incontornável. Deixam-me sem armas, incapaz de lutar. Por isso, simplesmente, deixo-me ir.

sábado, 1 de maio de 2010

É tão difícil saber os riscos e ao mesmo tempo cair nas armadilhas. Os caminhos não são tão simples. As estradas de ilusões atravessam-me o caminho. Tento encontrar-te, encontrar-me mas perco-te, perco-me. Desta vez, outra vez, caímos. Estou no chão, onde já sabia que iria estar mas sofro porque quis. Fiz a minha escolha. Escolhi o lado errado pois entreguei-me ao desejo. Mas por mais arduamente que te deseje, tenho que ter o mínimo de orgulho comigo. Agora tenho medo, quero esconder-me. Envergonho-me e orgulho-me. Não me arrependo. É tudo uma contradição. Aceito o presente e o passado já foi vivido. Provavelmente voltarei a fazer a escolha errada. Deste-me tudo, eu joguei com as cartas que tinha, arrisquei a zona de conforto e perdi o coração. Não sei o que esperar. Aguardarei, o tempo que for preciso, até a ferida sarar. É tudo assim, passa com o tempo. Espero fortemente vir a acreditar nisto, brevemente.

"Páro no teu sorriso"

Fotografia: Inês Carmo