quarta-feira, 28 de abril de 2010

Não consigo pronunciar o teu nome naturalmente porque sempre que me concentro nas nossas memórias sinto um vazio no peito. Sinto-te distante. Sei que não é irreversível pois cabe-nos aos dois lutar. Se ambos o fizermos tudo volta ao que era, passe o tempo que passar. Por mais distantes e perdidas que as recordações parecem estar, elas são sólidas e marcaram - como uma tatuagem que não sai do corpo, do coração, da alma. Mas tenho saudades da proximidade. Luta comigo, rema no mesmo barco do que eu, contra todas as marés, pois sinto a tua falta.
Não posso deixar de acreditar porque simplesmente sinto-me vazia sem ti.
Enches-me. Enches-me de uma maneira que não sei explicar mas faz-me bem. Sei distinguir o limite de me iludir e apenas saber que estamos bem. Estou feliz por te ter assim, se for a única maneira de eu alguma vez te ter.

domingo, 25 de abril de 2010

Os desafios são para ser agarrados e as lutas constantes. Podemos por vezes sentirmo-nos desamparados mas as estrelas continuam a brilhar e tens razões suficientes na tua vida para não desistir. Não te limites a existir, vive!

domingo, 11 de abril de 2010

Palavras para quê?

Fotografia: Inês Carmo
Tenho estado sentado a ver a vida a passar pela calçada. Tenho estado à espera que um sonho se infiltre nos meus pensamentos escondidos. Começo a pensar no que aconteceria se deixasse este mundo para trás. Estaria o vento nas minhas costas? Conseguiria tirar-te da minha memória, desta vez?

Jonathan Rhys Meyers - This time (Tradução)
Espero pacientemente por um futuro que parece não chegar.
Confunde-se com a realidade mas está lá, de alguma maneira.
Ainda tenho saudades tuas.
Parece tudo tão distante mas tão presente. Quem me dera voltar a sentir tudo outra vez. Não cometer os erros que cometi. Voltar atrás. Mas isso nunca poderá acontecer. É a isto que chamamos vida. Faz parte enganarmo-nos, levantarmo-nos e voltarmos a cair. Os obstáculos são ultrapassados e virão outros. É bom sentir demasiado. É bom sentir e viver tudo intensamente. As desilusões fazem parte e vão sempre acompanhar-nos mas em tamanhas desilusões vai haver um passo que daremos que será o certo. E é nessa altura que olhamos para trás e vemos que valeu a pena. Porque não temos que chorar porque acabou mas sim sorrir porque aconteceu. E de certeza que nos faz crescer, ver a vida com outros olhos. E é nestas alturas em que aprendemos a viver novamente.
Um erro repetitivo. Um suspiro interminável. E tudo não tem sentido. Uma linha infinita na qual sempre se avista a solidão. Um poço sem fim. As estrelas que nunca mais acabam. Um momento memorável. Palavras que permanecem. Pensamentos indevidos.
(...) Porque tu não estás velho demais para atingir objectivos e todas as respostas estão dentro das tuas almas(...) Porque não há nada no mundo que tu não possas alcançar por isso não enchas a tua vida de confusão e arrependimento(...) Mas eu espero que escolhas a estrada menos percorrida e espero que encontres a coragem para crescer. Porque cada um de nós tem um propósito aqui mas às vezes ele está escondido debaixo dos teus medos (...)

Rebelution - Courage to grow (Tradução)
Porque é que eu tenho que voar sobre cada cidade acima e abaixo da linha? Eu morrerei lá nas nuvens. E tu que defendo, não amo. Eu acordo, é um pesadelo. Ninguém está ao meu lado. Tenho lutado mas apenas sinto-me demasiado cansado para continuar a lutar (...) Onde é que me encontrarei com o meu destino? (...) E quando me encontrarei com o meu fim? Em melhores tempos tu poderias ser meu amigo(...) Tu foste para longe agora. Onde vamos nós? Nem sequer conheço o meu velho rosto, estranho. E estou a pensar naqueles dias ...

Keane - A Bad Dream (Tradução)

domingo, 4 de abril de 2010

Acolhedor?

Fotografia: Inês Carmo

Vista do exterior

Fotografia: Inês Carmo
Afogarei as minhas memórias aqui.
Apesar de tudo o que nos possa acontecer e por mais obstáculos que se possam pôr no nosso caminho, nós saímos sempre bem no fim, demore o tempo que demorar.
Caí no mesmo erro outra vez, mas somos todos assim, idiotas.
Parece que luto sozinha. Luto sozinha por perceber as pessoas, as atitudes e memórias. Guardo em mim memórias que também não me fazem uma pessoa mais feliz, confesso. Mas luto para que tudo seja diferente. Mas quase que me sinto a lutar por uma causa perdida. Vale a pena escrever sobre algo que parece nem ter fundamento? Atreve-te! Atreve-te a viver! Fá-lo por ti e por mais ninguém.

Restos

Fotografia: Inês Carmo
Vida. Parece tudo um jogo de interesses. O exterior é a única coisa que parece contar. Que é feito de nos sentarmos numa mesa a beber café, e resolver tudo ou simplesmente estar. Já não sabemos estar. Tudo parece virtual. As palavras perderam o sentido. Nada é sentido, é dito. Estamos a cair. E não vão haver pessoas suficientes para apanhar aqueles que insistem em ser fúteis. Chama-se realidade, não vivemos num sonho.Não basta fechar os olhos, fingir que nada aconteceu nem deixar andar. Ninguém luta. Estamos todos perdidos. Compreensão? Não consigo compreender este mundo, perdão. Falta-me força de vontade. Se o mundo acabar realmente, já digo para mim mesma, porque não? E daí?

Entradas de luz.

Fotografia: Inês Carmo
Às vezes sinto que este mundo está todo ao contrário. Desiludimo-nos a toda a hora e sofremos porque queremos. Não conseguimos esquecer. Insistimos repetidamente nos mesmos assuntos. E nada parece verdadeiro. Pergunto porquê? Porque insistimos em magoar-nos? Porque não conseguimos decidir o melhor para nós e pô-lo em prática? Nada parece simples. Complicamos tudo ao mais alto nível.